domingo, 31 de julho de 2011

A janta de Louise

Louise Becaria era uma moça de faculdade que havia se mudado para uma cidade pequena do interior. Eu resolvi dar esse nome a ela, mas sinceramente eu odeio dar nomes a personagens. Sinto que os ridicularizo, pois evito de dar nomes comuns para que ninguém ache que estou falando de alguém e esses nomes inventados são realmente idiotas. Então, o nome da coitada era Louise Becaria. Ela estava procurando moveis para o seu apartamento. Ela foi numa loja de moveis antigos, ela levou um criado mudo e um armário. Dois homens fortes de origem alemã levaram os moveis na casa dela, em agradecimento ela deu dez reais para uma cervejinha. Com os moveis nos lugares que ela havia escolhido, Louise começou a limpar o armário e o criado mudo. Numa gaveta do criado mudo ela achou uma foto antiga de um casal. Eles pareciam felizes, "acho que é uma foto de casamento" concluiu Louise pela roupa dos jovens. Ela emoldurou a foto e a pôs na sala. Com o passar do tempo, Louise começou a fazer amigos na cidade e um dia ela resolveu fazer uma "jantinha" com esses novos amigos. Na sala, ela pôs a mesa da cozinha pois tinha mais espaço. Nessa janta veio Paulo e Joana, o casal vinte mais bem visto na cidade, Zuleica, a dona de um centro espirita e Roberto, o açougueiro. Todos trouxeram alguma coisa, o casal vinte trouxe dois vinhos, a espirita trouxe uma salada e flores brancas e o açougueiro trouxe carne. Com o vinho do casal e uns salgadinhos, Louise acomodou os convidados. As flores brancas ficaram como decoração, a salada foi posta na cozinha para ser servida mais tarde e a carne foi temperada e posta no forno. Todos os convidados estavam um pouco tímidos, pois se conheciam, mas não haviam jamais conversado entre eles e Louise Becaria não havia dito a cada convidado quem ela havia chamado para a janta. Enquanto a anfitriã cuidava da janta, os convidados estavam na sala olhando para os objetos de decoração. Paulo inicia uma conversação com Roberto para acabar com o silêncio: "eu acho que nós estudamos juntos não?". Roberto estava meio distraído a olhar um quadro no qual um casal nu estava abraçado ou fazendo amor, Paulo repete a questão: "com licença, nos estudamos juntos no ensino médio na escola Coração de Jesus não?". Roberto escuta dessa vez e lhe responde:" Ah, sim , você era o garoto que chorava quando a sua mãe ia embora". Paulo fica meio constrangido e só faz uma afirmação com a cabeça. Nesse momento, Zuleica se volta para Joana e lhe fala com um sorriso: " Eu acho que conheço você, não era você que frequentava a irmã Alice para procurar marido." Joana fica com o rosto vermelho, mas nega: "Não, nunca precisei disso. Paulo e eu nos conhecemos ha muito tempo, sempre soube que nos ficaríamos juntos. É um homem assim que sempre pedi a Deus, sensível, que sabe chorar e inteligente.". Zuleica pensa consigo mesma: "Você pode ter pedido à Deus, mas à irma Alice também!". Nesse momento Louise chega na sala, o casal a olha com um grande sorriso como se ela fosse os tirar daquela saia justa que eles tinham se metido com os outros amigos da anfitriã. Para não cair em nenhum assunto desconfortável, Joana pergunta a Louise aonde ela havia conhecido todo mundo. Louise percebe que não havia apresentado ninguém, ela se sente um pouco embaraçada e responde: "Ah, desculpa gente, não apresentei ninguém, pois pensei que todos se conheciam, essa cidade é tão pequena que eu achei impossível que vocês não se conhecessem, mas para não dizerem que não os apresentei vou dizer como conheci cada um. Paulo e Joana, eu conheci na feirinha do sabado comprando legumes, eles me ajudaram a escolher e economizar. Zuleica eu a encontrei na floricultura, ela me ensinou a escolher as flores mais fáceis de tratar, pois não tenho muita paciência e tempo e o Roberto eu o conheci no teatro, eis um homem muito culto." "E o que vocês viram no teatro?", pergunta Paulo curioso e com um ar de desconfiança para Roberto. "O patinho feio, mas depois conversamos um pouco sobre teatro e ele se mostrou um grande apreciador, acho que ele deveria fazer teatro.", respondeu Louise. "Você já fez teatro?" perguntou Zuleica à Roberto, todos olhavam com uma cara de interesse para ele, pois achavam interessante que o açougueiro de poucas palavras poderia se interessar pelo teatro. Roberto se sente um pouco constrangido, a sua voz sai meio tremida: "Sim...quando eu estive dois anos fora, depois quando eu voltei, eu tive que assumir o açougue do meu pai... mas nunca perdi o interesse pelo teatro."."Eu adoro a arte é uma coisa que deixa o homem mais sensível, não é mesmo?" comenta Zuleica."Ehr...sim...", responde Roberto,"...e a carne? O que achastes Louise? Guardei a melhor do açougue para você.". "Ah! Então a que eu comprei ontem não era a melhor?", reclama Joana. Roberto não responde. Paulo, olhando a foto do jovem casal, pergunta a Louise: "E essa foto? São os seus pais?". "Não, eu encontrei na gaveta do criado mudo, eu gostei dela, pois mostra que em um momento do relacionamento eles estiveram felizes.", responde Louise."Mas porque você acha que foi um "momento"?", pergunta Joana pegando a mão do marido. Zuleica intervem " Ah minha ingênua Joana, todos nos sabemos que um relacionamento é feito de altos e baixos, mesmo aqueles que são pedidos à Deus". Joana não responde, a sua face fica novamente vermelha. Roberto pergunta a todos: "Se esses não são os pais de Louise, quem são eles? Pode ser que nos os conhecemos não é?". Todo mundo concorda com Roberto e Paulo pergunta como eles poderiam saber quem é esse casal. Zuleica tem uma ideia.
A historia continua...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Eu quero botar meu bloco na rua, brilhar, botar pra gemer"

Esse titulo é o refrão de uma musica do Sérgio Sampaio, "Eu quero é botar meu bloco na rua", do album de mesmo nome. Eu gosto muito dessa canção pois trata de alguém que ignora o comentario negativo das pessoas e não se sente bloqueado a continuar. A vontade da pessoa é de mostrar à todos que ele é capaz. Essa musica me inspira à batalhar, à não desistir das coisas que quero para mim e também mostrar à todos que tenho toda essa vontade de continuar. Eu não conhecia esse cantor, foi no mês de março que conheci suas canções. Neste momento estava atolado de trabalhos, com muitas dificuldades nos estudos e essa canção me inspirou à não largar tudo de mão. Eu quis fazer um post sobre essa canção pois ela se tornou importante para mim. Abraços a todos!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estudar é um compromisso que levarei até a minha morte

Ontem eu conversei com um tio-avo, nascido na França. Ele é muito culto. Com ele, eu posso falar sobre tudo. O assunto que nós aprofundamos um pouco foi a literatura. Nos começamos por Albert Camus e nesse assunto ele defendeu uma ideia muito interessante. Ele disse que esse escritor não quis passar aos leitores que a vida é um absurdo, mas sim um desafio. Esse desafio pode ser absurdo, mas é o que nos faz viver. Além disso nos discutimos sobre o penamento europeu dentro da literatura e o pesamento latino americano. O assunto se desenvolveu à uma questão: " Sera que os europeus podem compreender a forma de pensar latino-americana e vice-versa?". Essa questão foi posta justo pelo fato que cada região e cultura funciona de uma forma diferente e que é complexo demais tentar entender o funcionamento de cada. As idéias europeias e americanas nos influenciam, mas sera que elas tem sucesso? E sera que um dia terão? Eis uma pergunta que deixo a voces. Abraços a todos!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Umidade

A umidade invadiu as paredes da casa. O mofo cresce na porta da escola. Ela vem invadindo nossas vidas tranquilas de fim de carnaval. Nossos olhos a ignoram, mas ela esta la, aos poucos ela invade todos os ambientes. A umidade nao deixa a roupa secar, a umidade nao deixa ninguém se esquentar. Ela não respeita o espaço de ninguém. Eu me deito na cama fria, meio umida, eu me encolho ao ponto de ficar em posição fetal. Eu não a percebo, mas ela esta la, me gelando aos poucos. Me acordo de manha e meu cabelo esta gelado. Eu me levanto da cama com dificuldade, entro no banho o mais rapido possivel, me banho por mais tempo que deveria, pois isso me proporciona um enorme calor e relaxamento. Depois, me visto rapidamente para evitar que o frio me congele novemente. Me pergunto o que devo fazer, se abro as janelas ou portas ou deixo tudo fechado. Não sei o que ira deixar a casa mais fria. Entro na cozinha e vejo a louça suja, não sinto nenhuma vontade de lava-la, mas tenho que fazer. Fervo a agua e começo. Depois disso os meus dedos estão gelados e o não sinto mais vontade de fazer nada. Esse frio constante me da sono, eu me deita na minha cama por quinze minutos e depois me levanto. A cama esfriou novamente, a almoço pronto tbm não demora para esfriar e eu me obrigo a esquenta-lo novamente. A umidade esta la, muda meu comportamento e o meu humor, mas mesmo assim aproveito o que ainda ha de bom nesse momento. Em algumas cidades a situação se agrava, pois muitos rios transbordam causando um grande transtorno na população. A urgência de uma atitude é evidente, mas o pensamento é sempre o mais frouxo: " nosso inverno dura pouco e é imprevisivel, não temos muito o que fazer." Enquanto isso pessoas vão passando por situações semelhantes e tentam aproveitar o lado positivo do inverno.